sexta-feira, setembro 30, 2005
Mais vale esquecer
quinta-feira, setembro 29, 2005
A gula da goleada
Mas há uma outra questão que eu gostaria de abordar. O treinador do Porto é uma pessoa que tem muita lábia. Por diversas vezes o ouvi comentar, no final de jogos que ganhou pela margem mínima, que não estava satisfeito por ter ganho só por 1-0 ou por 2-1, que o Porto tem de vencer os jogos por margens maiores, três, quatro golos de diferença. Ora, julgo que isto explica um pouco o que poderá ter acontecido ontem. O Porto estava a ganhar por 2-0, mas não parou, manteve o volume ofensivo, sem tratar das cautelas defensivas. O treinador queria oferecer uma prenda aos adeptos e por isso deve ter incutido nos jogadores (e também nos adeptos) a gula da goleada. Como tudo ainda por cima estava a correr tão bem estes devem ter ficado embriagados, perdendo a noção da realidade. No futebol isto é fatal, porque é faltar ao respeito ao adversário; e é perigoso, porque desvia a atenção dos jogadores do essencial, que é a vitória, levando-os mais para vaidades (não quero com isto dizer que a goleada era impossível, mas que ela era difícil de acontecer, por mais fraco que nos possa parecer o Artmedia). Tendo sofrido um golo, os jogadores voltaram à terra, mas
quarta-feira, setembro 28, 2005
Miséria...
O assunto do post tem a ver com um comentário que fiz ontem à noite a uma amiga, a seguir ao Manchester-Benfica. No final do encontro, discutíamos a razão porque não estamos há mais tempo num lugar de destaque no ranking europeu, já que, como se provou novamente, as nossas melhores equipas não estão assim tão longe das melhores equipas inglesas ou alemãs.
Isto tem a ver basicamente com a incapacidade das equipas portuguesas de ganhar sempre às equipas mais fracas. Quero dizer que muitas vezes deixamo-nos bater por equipas claramente inferiores. São os Vikings, os Halmstads, os Wrexham, os Bastias e, agora, os Rangers e Artmedias. Porque é que isto acontece? Não sei. Mas era bom que alguém descobrisse.
Benfica em Manchester II
Concordo basicamente com o que diz o Alexandre, mas há um ou outro ponto que não aceito. Primeiro, este Manchester, apesar dos lesionados, jogou com artilharia de peso: Scholes, Giggs, Ronaldo, Nistelrooy. Por isso, se não jogou melhor foi porque o Benfica não deixou, e portanto tem de haver mérito dos encarnados, sobretudo da defesa, que esteve muito, muito bem todo o jogo (Ricardo Rocha e Luisão são realmente dois grandes centrais). Segundo, acho que o Beto esteve realmente uns bons furos abaixo dos colegas do meio campo. Petit e Manuel Fernandes, ao contrário do que afirma o Alexandre, tiveram muito mais tempo de posse de bola e não fizeram aqueles passes e remates disparatados. A culpa não pode ser imputada ao jogador, já que foi colocado numa posição que não é definitivamente a sua (ainda assim, acho que na segunda parte até nem esteve muito mal). O meio campo encarnado jogou recuado, é certo, mas não acho que tenha estado descoordenado; não me lembro dessas situações de igualdade numérica na área (3x3 e 2x2), mas julgo que, a terem existido, foram raras. O Manchester, na minha opinião, só mereceu a vitória porque fez mais por isso, ou seja, atacou o jogo todo. Os golos surgiram fortuitamente, mas a verdade é que quem passa o tempo todo a defender, como fez o Benfica, arrisca-se sempre a que isto aconteça.
terça-feira, setembro 27, 2005
Benfica em Manchester
O Manchester esteve bem abaixo do que se poderia esperar. Quase se pode dizer que ganhou porque o Benfica deixou. A equipa inglesa não conseguiu fazer a bola correr como é do seu timbre. Deixou a condução do jogo entregue a iniciativas individuais de Ronaldo, Giggs e Scholes, principalmente. Acabou por ter fortuna na forma como marcou os golos.
Se posso passar um pouco ao lado do jogo, o que mais me impressiona é a falta de jeito dos comentadores televisivos. Quem percebe o mínimo de bola viu logo que o Benfica entrou completamente perdido em campo; os três trincos nunca hão de funcionar bem. A equipa defendia ao calhas - nos cinco primeiros minutos já tinha havido duas situações de igualdade numérica na área (3x3 e 2x2). O Manchester só não criava mais perigo porque não se conseguia organizar.
Petit e Manuel Fernandes andaram uma hora inteira à nora. Beto, que foi massacrado pelo nosso doutorado em bola da RTP, só não esteve pior que estes dois porque encostava-se de vez em quando à linha, onde é um autêntico ET. Por incrível que pareça, o Benfica passava todo o jogo por ele, o que lhe dava um grande número de oportunidades para fazer disparates, mas em contrapartida era o único jogador do Benfica que aguentava a bola mais de 3 segundos nos pés. Miccoli esteve todo o jogo à espera da bola, e ela nunca lá chegou.
Amanhã os arautos das vitórias morais da nossa imprensa escrita hão de dizer que o Benfica dignificou a camisola. Para mim, contra este Manchester, é pouco.
segunda-feira, setembro 26, 2005
A minha equipa ideal (à quinta jornada)
"Que fiz eu para merecer isto?"
Mas, já agora, qual seria a lógica de trocar de avançados num jogo que não estava controlado, a dez minutos do fim, a ganhar por 1-0?
Os que agora assobiam e os que escrevem crónicas a desancar também disseram, na época passada, que o Sporting não conseguia aguentar as vantagens e controlar os jogos.
Por último - o Sporting está em 2º lugar, a um ponto do líder.
sábado, setembro 24, 2005
Entre Mourinho e Pacheco
quarta-feira, setembro 21, 2005
Mourinho e Pacheco
Já há bastante tempo que penso assim, mas a maior parte das vezes quando falo disso, as pessoas riem-se. No entanto, penso que tenho algum fundo de razão.
Há dois nomes que aparecem sempre quando referem-se os treinadores que inspiraram Mourinho - Bobby Robson e Van Gaal. O que é natural, já que Mourinho trabalhou anos com eles no Sporting, Porto e Barcelona.
Mas quem repara na maneira como Mourinho arruma as equipas vê que o estilo não tem muito a ver com estes dois. O inglês e o holandês apostavam muito na força do ataque, e muitas vezes descuravam a defesa. Quam não se lembra de Robson a colocar Aloísio a defesa esquerdo numa meia final da Liga dos Campeões, ou do saudoso Reiziger a defesa direito de Van Gaal.
O português, muito pelo contrário, monta as equipas a partir da defesa, apostando em médios muito fortes na marcação e resistentes fisicamente. Todos os médios de Mourinho têm de correr quilómetros, e os únicos dispensados de andar para frente e para trás os pontas-de-lança.
Quem é que este estilo lembra? O Boavista de Pacheco, sem dúvida alguma. E não tenho dúvidas que Mourinho, na época em Espanha, viu muitas vezes os homens de xadrez, com uma equipa modesta, bater o pé ao Porto, Sporting e Benfica até ganhar o campeonato.
Podem rir, mas provem-me o contrário... ou perguntem ao Mourinho!
Os mestres da paulada
A procissão ainda vai no adro...
terça-feira, setembro 20, 2005
As selecções deviam acabar (parte III)
- 4 grupos de 4 selecções cada (16 equipas). Jogam todos contra todos e os vencedores de cada grupo jogam uma fase final a disputar em um dos países apurados, numa só semana, com meias finais e final. Descem de divisão os últimos classificados de cada grupo. Organização semelhante para 2ª e 3ª divisões.
Ou este:
- 3 grupos de 5 selecções cada mais um organizador da fase final escolhido previamente (16 equipas). O organizador apura-se automaticamente para a fase final, com os vencedores de cada grupo. Descem 4 selecções e sobem outras 4.
Estariam garantidos 6 jogos verdadeiramente competitivos para todas as selecções, mesmo aquelas sem hipóteses de apuramento para as fases finais. No total, uma selecção que chegasse à fase final faria 8 jogos, ao invés de 12 só no apuramento como acontece agora. Além disso, não seria necessário jogar a fase final em Julho, com os jogadores completamente estoirados, e comprometendo seriamente o arranque da época seguinte.
Uma coisa é certa: o modelo actual não é bom, e os clubes de topo rapidamente vão perder a pouca vontade que ainda têm para sustentar as selecções. Pensem no último Argentina-Brasil. Quase todos os jogadores foram obrigados a mais de 20 horas de viagem de avião, no meio da semana, para fazer um jogo (quase) particular, já que estão os dois apurados. Isto não pode continuar.
segunda-feira, setembro 19, 2005
As evidências
Koeman resolveu não inventar e o Benfica alcançou duas vitórias, com exibições relativamente bem conseguidas. Vejamos as duas evidências que estes jogos demonstraram e que qualquer leigo percebe.
O Benfica defende melhor com dois centrais. Jogar com três confunde, esvazia o meio-campo e retira poder ofensivo.
O Nuno Gomes (meu Deus, já não sei quantas vezes isto foi repetido) joga melhor com outro avançado a seu lado. Sozinho entre os centrais parece uma nulidade, com alguém a libertar-lhe espaço é atacante para marcar 20 golos por época. Koeman ainda não percebeu tudo, Nuno Gomes tem mesmo de jogar na frente (essa história do 4-3-
Serão craques?
domingo, setembro 18, 2005
100% MAU
sábado, setembro 17, 2005
Co Adriaanse
quinta-feira, setembro 15, 2005
Em 5º lugar
1. Espanha 60.034
2. Itália 55.445
3. Inglaterra 53.343
4. França 42.281
5. Portugal 40.874
6. Alemanha 40.614
7. Holanda 35.664
8. Grécia 30.248
Estes dados foram retirados de um excelente site sobre competições europeias, o UEFA European Cup Football, do qual voltarei a falar em breve.
Satisfaz bastante
Quatro pontos sobre o Porto
1) A questão do azar não tem obviamente que ver com a forma como os golos do Glasglow entraram na baliza (embora no caso do segundo se possa dizer que é azar que o árbitro o tenha validado), mas com a diferença de produção entre as duas equipas e os resultados alcançados. O Glasgow teve duas oportunidades e marcou três golos, o Porto teve o domínio total em 90% do jogo, falhou para aí uma dúzia de boas oportunidades e só marcou por duas vezes.
Pode dizer-se que houve erros defensivos em dois dos tentos do Glasgow, mas caramba qual é a equipa que é 100% segura. Houve castigo a mais para tão pouco pecado.
2) A lógica no futebol é uma batata, basta ver que a Grécia foi campeã da Europa e o Liverpool ganhou a Liga dos Campeões. Estar já a especular sobre o resto da Liga dos Campeões partindo do princípio que o Artmedia vai perder todos os jogos não faz sentido nenhum. Do mesmo modo, não percebo por que razão os portistas não hão-de acreditar que podem ganhar, ou no mínimo empatar, com o Inter.
3) O Porto tem um plantel desequilibrado, mas por enquanto parece-me ser a melhor equipa portuguesa. Tem um meio campo bastante bom, com gente lutadora e que trata muito bem a bola. É claro que se quiserem comparar com o Fêquêpê de Mourinho podem ficar à espera sentados.
4) É muito cedo para avaliar Co Adriaanse, mas pelo o que tenho visto, parece-me ser um bom treinador. Sabe o que está a fazer (sabe ele e sabemos nós, e este é o melhor elogio que se pode fazer a um treinador nos dias que correm), conseguiu fazer a equipa jogar bom futebol e não inventa muito (outro grande elogio). Também me parece que está a gerir muito bem as questões de disciplina. É duro sem ser arrogante. O único ponto em que discordo dele é o que se refere aos brincos, piercings e afins.
quarta-feira, setembro 14, 2005
E finalmente...
Que azar?!?
A lesão de Pedro Emanuel não é casual; foi provocada por uma agressão que deveria valer o cartão vermelho. E a lesão de Sokota não fez diferença alguma; o Porto entrou em campo com dez elementos activos e um trambolho à frente.
Quanto à questão do apuramento, façamos contas. Se a lógica prevalecesse em todos os jogos até à última jornada, o Artmedia perderia todos os jogos, Inter ganhava-os todos e o Porto bateria o Rangers. Quer isto dizer que, na última jornada o Porto vai à Eslováquia e o Rangers recebe o Inter já apurado, com o primeiro lugar do grupo assegurado e com três pontos de avanço sobre o Porto. Um empate chega-lhes para garantir o apuramento.
Quando eu disse que era optimista, e para o ano haveria mais, quero só dizer que espero ficar nos dois primeiros lugares na Liga. Mais nada.
Parece, mas não é!
Para começar, o formato de post obriga-nos a ser sintéticos, e muitas vezes a misturar os assuntos. Foi o que aconteceu ontem. Misturei a minha visão sobre o plantel do Porto com o resultados do jogo.
A minha aversão a Adriaanse não tem muito a ver com aspectos de táctica ou estratégia, nos quais sou leigo, embora tenha uma opinião educada. Discordo de um outro ponto, mas no geral Adriaanse será muito melhor a gerir estas vertentes do que eu. O meu problema com o treinador é de gestão do grupo de trabalho (aliás como é a minha questão com Scolari), matéria na qual, por força da profissão que exerço, sou especialista. E aí considero ambos maus.
Objectivamente, saíram nos últimos quinze meses dez jogadores do núcleo que foi campeão europeu pelo Porto - Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Pedro Mendes, Maniche, Deco, Carlos Alberto, Alenitchev e Derlei. Todos eles renderam algum dinheiro à SAD. Digam-me qual das aquisições feitas para colmatar estas saídas resultou. Além destes, podemos acrescentar Seitaridis e Nuno, muito bem vendidos. Se a SAD não conseguiu colocar toda esta maquia a cargo da construção de uma equipa competitiva, isto é má gestão. Não lhe chamo outro nome porque não vou fazer acusações que não posso provar.
Como eu disse, não é frustração, porque eu jogo com argumentos. Podem discordar, mas têm de argumentar.
Para mim resume-se tudo a azar
Eu entendo a frustração do Alexandre, mas a verdade é que ontem o Porto teve um daqueles galos que só acontecem de mil em mil jogos. Nestes dias não há nada a fazer, há uma equipa que tem o cu virado para a Lua, e o destino fica marcado. Seja como for, o Porto vai passar este grupo com toda a certeza, é biliões de vezes superior ao Glasgow.
terça-feira, setembro 13, 2005
Koeman outra vez
Quase no seguimento daquilo que o Cláudio escreveu aqui, o que mais me surpreende no holandês é a falta de conhecimentos que demonstra. Pelo que me lembro de Koeman enquanto jogador, tinha a ideia de uma pessoa inteligente que, enquanto treinador, estivesse preparado à altura.
Mas não. Já sem falar das opções tácticas absurdas, Koeman parece não conhecer o estilo do futebol que se joga em Portugal, os adversários, e - o que é mais grave - nem os seus próprios jogadores.
E isto não se admite. Se tivesse sido contratado a meio da época, ainda poderíamos dar o benefício da dúvida, mas não foi. Simão, Nuno Gomes e Petit (pelo menos estes) não podem ser desconhecidos para um europeu que faz do futebol a sua profissão, e a Internet leva a informação a todo o lado. Koeman não fez o trabalho de casa. Ou porque não quis, ou, mais provavelmente, porque não sabe.
Não dá para mais
O Porto tem uma quantidade de jogadores bonzinhos, jeitosos, mas faltam aqueles muito bons, os de classe. E alguns são mesmo maus.
Que dizer dos laterais? E de Diego, que foi pela enésima vez o pior jogador em campo (já vos oiço a gritar "e o Sokota? e o Sokota?" - eu digo-vos: Sokota é hors concurs)? E de Lucho, muito certinho, mas a léguas de Maniche em má forma?
Mas, se calhar, pior que isso é atacar um jogo da Liga dos Campeões com Sokota e Hugo Almeida e ter o desplante de dizer que temos ambições.
Sejamos claros. Contra uma equipa fraquinha, que não faz ideia do que é aquilo que nós em Portugal orgulhosamente chamamos "fio de jogo", cuja ideia de ataque passa por pontapear a bola para uma zona próxima da baliza à espera de uma cabeça ou uma chuteira que a empurre, o Porto perdeu. Sim, podem argumentar com a falta evidente no 2º golo, podem falar da posse de bola, podem dizer que 4 remates à baliza deram 3 golos, mas perdemos. Essa é que essa.
Pontos positivos? Claro - provavelmente Sokota não joga mais esta época, e se correr bem, nunca mais veste a camisola do Porto. De resto não me lembro de mais nada.
Escrevi aqui depois do sorteio que, se o Porto perdesse em Glasgow não merecia o apuramento. Mantenho. Mas como sou optimista, acrescento - Para o ano há mais!
"FCP pode ser Campeão Europeu"
Os sete argumentos para correr com Koeman
segunda-feira, setembro 12, 2005
Uma história, duas versões
No Record, rezava assim: McCarthy chegou ao estágio de tranças, o que é contra o código de conduta interno (?!?). Foi admoestado por Adriaanse, e chamou duas cabeleireiras à noite para as desfazer, o que foi tomado pelo treinador como uma afronta. Foi excluído do estágio.
E no Jogo: McCarthy foi à cabeleireira fazer as tranças, mas não as conseguiu terminar antes do treino. Combinou então com a rapariga para que ela fosse ao hotel terminar o serviço. O adjunto de Adriaanse viu-o e avisou o treinador, que chamou McCarthy à parte e disse-lhe que deveria estar concentrado no jogo com o Rio Ave e não na imagem. Foi excluído do estágio.
São bem diferentes, não? E qual é a verdadeira?. Não percam as cenas do próximo capítulo.
E se calhar, agora que terminei de escrever isso, as tranças do McCarthy não tem interesse nenhum.
domingo, setembro 11, 2005
Koeman
Até agora conheciam-se três categorias de treinadores, os maus, os medianos e os bons. Com Koeman surgiu uma nova categoria, a dos treinadores que não percebem nada de futebol.
Pode parecer estranho já que ele foi um jogador internacional muito conceituado, mas a verdade é que em três jogos ele fez tantos disparates e tomou tantas decisões absurdas que eu terei de concluir que em termos futebol a única coisa que ele sabe fazer é dar chutos na bola, tudo o resto é para ele uma incógnita.
Koeman desbaratou no espaço de quinze dias todo o trabalho que tem sido feito no Benfica ao longo dos últimos três, quatro anos, fazendo autênticas revoluções na constituição das equipas.
Vejamos as alterações. Contra o Gil Vicente, resolveu alterar a estrutura do Benfica colocando três centrais (o esquema defensivo que piores resultados dá em Portugal), três trincos, e retirando os médios alas habituais do Benfica (Simão foi empurrado para o centro, Geovani ficou no banco).
Contra o Sporting, nova revolução. Apostou na estrutura de três centrais e dois laterais, esvaziando o centro do terreno, passou de três trincos para um trinco, colocou dois jogadores novos, sem nenhum entrosamento com a equipa, um deles numa posição completamente inadequada, tirou o Nuno Gomes (deixando a equipa sem ponta de lança), e entregou o lugar de Giovani ao pior jogador do plantel do Benfica, o Carlitos.
O homem está completamente perdido, será que não há ninguém no Benfica que veja isso? Não sabe o que há-de fazer, não acredita no plantel, não conhece a realidade do futebol português, pior, não conhece as características dos jogadores encarnados. A tudo isto junta inépcia. Por mim, passava-lhe já, e enquanto não faz mais estragos, a guia de marcha.
sábado, setembro 10, 2005
E então, como é?
As selecções deviam acabar (parte II)
Os resultados práticos estão à vista: os clubes ficam sem os jogadores durante 10 dias, e são de seguida obrigados a cumprir uma jornada de campeonato com unidades lesionadas ou em sub-rendimento.
Não nos esqueçamos que os meios de negócio estão quase todos nas mãos dos clubes; mesmo os estádios dos grandes clubes europeus são, com poucas excepções, particulares.
E nem sequer o velho argumento do desenvolvimento desportivo dos países mais pequenos colhe: Luxemburgo ou Malta, que já disputam apuramentos há décadas, estão ao mesmo nível de um Liechtenstein ou Ilhas Faroé, que andam nisso há meia dúzia de anos. Mesmo os resultados surpreendentes que ocorrem de quando em vez (como o empate no Liechtenstein ou a presença da Letónia no Europeu) explica-se pela falta de motivação com que os melhores jogadores encaram estes encontros, e por outro factor curioso que mencionei no último post - há tantas selecções tão fracas que o apuramento acaba por se decidir em 2 ou 3 jogos. E aí tudo pode acontecer.
(continua)
Palpites para hoje!
- durante toda a semana apostei na vitória do meu Rio Ave contra o meu Porto... mas li há bocado que o Postiga não joga, o que equilibra um bocado as coisas... ainda assim arrisco - Porto 0 - Rio Ave 2.
- no Sporting joga o Wender e não jogam o Ricardo e o Beto - é muito reforço ao mesmo tempo. O Sporting é favorito, mas não sei ainda o que valem (ou não valem) o Karagounis e o Miccoli. Sporting 2 - Benfica 1.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Cristiano Ronaldo
Não me parece, não concordam?
Então por que tantos elogios à coragem, ao profissionalismo e ao carácter do jogador? O futebol é e sempre será um desporto colectivo. Ronaldo teve uma decisão difícil para tomar e é compreensível que tenha sido ele a chamar a si a responsabilidade de decidir se jogava ou não. Mas o fundo da questão é este: quem manda é o treinador. Se Scolari julgou que Ronaldo tinha condições para jogar, jogava. Se não, não jogava e ponto final. Não há que estar a criar heróis.
É por estas e outras que o símbolo da nossa selecção, como bem lembrou esta semana Miguel Sousa Tavares, começou a sua carreira internacional a assinar por 2 clubes em simultâneo, jurou fidelidade ao Barcelona para assinar dois dias depois pelo Real Madrid, afirmou que se recusaria a representar a selecção com Manuel José a seleccionador porque não estava disposto a "perder prestígio" e deixou de cumprimentar o treinador do clube que lhe pagava porque não o punha a titular.
É assim que se criam os Miguéis, os Maniches e os Hugos Leais.
Depois não se queixem.
quinta-feira, setembro 08, 2005
As selecções deviam acabar (parte I)
No nosso grupo de apuramento Portugal disputou 3 jogos competitivos – os 2 jogos com a Eslováquia e o encontro com a Rússia em casa. Todos os outros jogos foram contra equipas muito mais fracas, que equivaliam quase a um treino com transmissão televisiva, e resta o jogo o jogo em Moscovo, que já foi a feijões para Portugal, que se vai apurar fosse qual fosse o resultado de ontem.
Se a isso juntarmos que, num grupo de 7 equipas, apenas 3 tinham hipóteses realistas de apuramento, teremos que, logo à partida, dos 42 jogos disputados, apenas 6 eram realmente importantes para a única questão em causa.
Para mim é bastante óbvio que este modelo de competição é amadorístico, pouco compensador financeiramente e de interesse desportivo reduzido.
(continua)
terça-feira, setembro 06, 2005
Mistério...
segunda-feira, setembro 05, 2005
Maniche
No entanto, as declarações que proferiu, uma semana depois do fecho da época de inscrições, a quase 4 meses da reabertura do mercado, e com um contrato de 5 épocas para cumprir, não deixam de estarrecer.
Já aqui falamos de conselhos de empresários de jogadores. O empresário dele que lhe envie um SMS: fecha a boca e corre.
Salgueiros
A notícia apareceu, mas foi discreta. Não deveria ter sido. Todos os clubes de futebol sem condições para, autonomamente, assegurar a existência de um plantel profissional deveriam seguir esta via. Só com clubes equilibrados financeiramente teremos um futebol verdadeiramente profissional.
E aqui não falo de emblemas que, ocasionalmente, atravessem dificuldades para manter os compromissos. Falo dos clubes que vivem endemicamente uma situação de incumprimento por falta de capacidade para mobilizar recursos. A estes não vejo argumentos para encerrarem a actividade profissional.
O quadro actual não é este. Longe disso. Vemos clubes que vivem há décadas em situação de falência (o Salgueiros era um, o Farense é outro, e haverá muitos mais), mas que recusam tomar o caminho correcto, sustentados artificialmente por autarquias e acordos duvidosos, que, por sua vez, só enfraquecem a capacidade negocial dos nossos clubes. Reparem nos contratos de televisão. Os clubes recebem muito menos da televisão para transmitir quase todo o campeonato em directo do que há 10 anos atrás para passar 3 jogos de cada um dos grandes.
Outra vez o fisco
É do conhecimento mais que público que as dívidas dos clubes anteriores a 96 ficaram saldadas com o "Totonegócio". E se alguma coisa houvesse a pagar e existisse vergonha na cara de quem tutela as Finanças, deveriam ir bater à porta da Santa Casa de Misericórdia, que agiu de má fé depois do acordo e usurpou os clubes daquilo que devia ser um direito seu.
Dias da Cunha está entregue a um chefe de repartição que quer aparecer no "24 Horas". Não espere solidariedade dos outros clubes, porém. É que enquanto durar a lei da selva no futebol, com o mal dos outros podemos nós muito bem.
domingo, setembro 04, 2005
Portugal 6 - Luxemburgo 0
sábado, setembro 03, 2005
Agilidade para quê?
O nosso Alberto João
Ainda as aquisições
Há muito exemplos de sucesso e insucesso: o Sporting de Inácio foi buscar três jogadores no Natal e foi campeão; o Porto de Fernandez trouxe um autocarro e foi o descalabro.
Se tivesse que escolher a equipa da Liga que trabalhou melhor nesta semana, diria que foi o... Rio Ave. Ninguém sai e ninguém entra. O treinador está satisfeito e os adeptos também. Eu prefiro assim.
Menos uma preocupação
sexta-feira, setembro 02, 2005
O problema com Ricardo
Mas no Sporting o problema é outro, e raios me partam se eu consigo perceber a lógica de Peseiro. Vejamos: Peseiro não convoca Ricardo porque o "ambiente" criado à volta do jogador impede-o de mostrar as suas capacidades. E por isso, não será convocado pelo menos por dois jogos.
Ora, meu amigo, o que é certo é que, pese a especificidade do posto de guarda-redes, ou o Ricardo é o jogador em melhor forma no Sporting ou não é. Se é, joga; se não é, não joga. Garanto eu que o "ambiente" à volta de Ricardo não vai estar melhor depois do jogo com o Benfica do que esteve antes do jogo com o Marítimo. Muito antes pelo contrário. Seja lá qual for o desempenho de Nélson no derby, ele sabe que é um guarda redes a prazo. E isso não se faz a ninguém.
Escrevi eu em cima que o jogo com o Luxemburgo é de pouco risco... mas lembrei-me agora do peru do Ricardo com o Liechtenstein. Deus nos acuda!
Apito Dourado
A selecção dos emigrantes
quinta-feira, setembro 01, 2005
Longa vai a lista
A recusa do Benfica
O Benfica corre o risco, ainda por cima, de criar no jogador um sentimento de insatifação muito grande. Vamos lá ver se isto não acabará em novela.