quarta-feira, setembro 21, 2005
Mourinho e Pacheco
Ontem falei do Pacheco, e esta veio-me à ideia outra vez.
Já há bastante tempo que penso assim, mas a maior parte das vezes quando falo disso, as pessoas riem-se. No entanto, penso que tenho algum fundo de razão.
Há dois nomes que aparecem sempre quando referem-se os treinadores que inspiraram Mourinho - Bobby Robson e Van Gaal. O que é natural, já que Mourinho trabalhou anos com eles no Sporting, Porto e Barcelona.
Mas quem repara na maneira como Mourinho arruma as equipas vê que o estilo não tem muito a ver com estes dois. O inglês e o holandês apostavam muito na força do ataque, e muitas vezes descuravam a defesa. Quam não se lembra de Robson a colocar Aloísio a defesa esquerdo numa meia final da Liga dos Campeões, ou do saudoso Reiziger a defesa direito de Van Gaal.
O português, muito pelo contrário, monta as equipas a partir da defesa, apostando em médios muito fortes na marcação e resistentes fisicamente. Todos os médios de Mourinho têm de correr quilómetros, e os únicos dispensados de andar para frente e para trás os pontas-de-lança.
Quem é que este estilo lembra? O Boavista de Pacheco, sem dúvida alguma. E não tenho dúvidas que Mourinho, na época em Espanha, viu muitas vezes os homens de xadrez, com uma equipa modesta, bater o pé ao Porto, Sporting e Benfica até ganhar o campeonato.
Podem rir, mas provem-me o contrário... ou perguntem ao Mourinho!
Já há bastante tempo que penso assim, mas a maior parte das vezes quando falo disso, as pessoas riem-se. No entanto, penso que tenho algum fundo de razão.
Há dois nomes que aparecem sempre quando referem-se os treinadores que inspiraram Mourinho - Bobby Robson e Van Gaal. O que é natural, já que Mourinho trabalhou anos com eles no Sporting, Porto e Barcelona.
Mas quem repara na maneira como Mourinho arruma as equipas vê que o estilo não tem muito a ver com estes dois. O inglês e o holandês apostavam muito na força do ataque, e muitas vezes descuravam a defesa. Quam não se lembra de Robson a colocar Aloísio a defesa esquerdo numa meia final da Liga dos Campeões, ou do saudoso Reiziger a defesa direito de Van Gaal.
O português, muito pelo contrário, monta as equipas a partir da defesa, apostando em médios muito fortes na marcação e resistentes fisicamente. Todos os médios de Mourinho têm de correr quilómetros, e os únicos dispensados de andar para frente e para trás os pontas-de-lança.
Quem é que este estilo lembra? O Boavista de Pacheco, sem dúvida alguma. E não tenho dúvidas que Mourinho, na época em Espanha, viu muitas vezes os homens de xadrez, com uma equipa modesta, bater o pé ao Porto, Sporting e Benfica até ganhar o campeonato.
Podem rir, mas provem-me o contrário... ou perguntem ao Mourinho!