segunda-feira, setembro 05, 2005

Salgueiros

Não se pense pelo que escrevi abaixo que sou a favor da desresponsabilização fiscal dos clubes. Bem pelo contrário. Por isso mesmo, foi sem qualquer pena que assisti ao fim do futebol profissional do Salgueiros.
A notícia apareceu, mas foi discreta. Não deveria ter sido. Todos os clubes de futebol sem condições para, autonomamente, assegurar a existência de um plantel profissional deveriam seguir esta via. Só com clubes equilibrados financeiramente teremos um futebol verdadeiramente profissional.
E aqui não falo de emblemas que, ocasionalmente, atravessem dificuldades para manter os compromissos. Falo dos clubes que vivem endemicamente uma situação de incumprimento por falta de capacidade para mobilizar recursos. A estes não vejo argumentos para encerrarem a actividade profissional.
O quadro actual não é este. Longe disso. Vemos clubes que vivem há décadas em situação de falência (o Salgueiros era um, o Farense é outro, e haverá muitos mais), mas que recusam tomar o caminho correcto, sustentados artificialmente por autarquias e acordos duvidosos, que, por sua vez, só enfraquecem a capacidade negocial dos nossos clubes. Reparem nos contratos de televisão. Os clubes recebem muito menos da televisão para transmitir quase todo o campeonato em directo do que há 10 anos atrás para passar 3 jogos de cada um dos grandes.

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