terça-feira, setembro 20, 2005

As selecções deviam acabar (parte III)

Depois de criticar o modelo actual de competições entre selecções, resta-me apontar soluções. Quem concorda minimamente comigo pensa que Luxemburgo ou Andorra não devem andar na mesma divisão de Portugal ou França. Assim, impunha-se a criação de divisões europeias de apuramento para fases finais, de acordo com um modelo que poderia ser este:
- 4 grupos de 4 selecções cada (16 equipas). Jogam todos contra todos e os vencedores de cada grupo jogam uma fase final a disputar em um dos países apurados, numa só semana, com meias finais e final. Descem de divisão os últimos classificados de cada grupo. Organização semelhante para 2ª e 3ª divisões.
Ou este:
- 3 grupos de 5 selecções cada mais um organizador da fase final escolhido previamente (16 equipas). O organizador apura-se automaticamente para a fase final, com os vencedores de cada grupo. Descem 4 selecções e sobem outras 4.
Estariam garantidos 6 jogos verdadeiramente competitivos para todas as selecções, mesmo aquelas sem hipóteses de apuramento para as fases finais. No total, uma selecção que chegasse à fase final faria 8 jogos, ao invés de 12 só no apuramento como acontece agora. Além disso, não seria necessário jogar a fase final em Julho, com os jogadores completamente estoirados, e comprometendo seriamente o arranque da época seguinte.
Uma coisa é certa: o modelo actual não é bom, e os clubes de topo rapidamente vão perder a pouca vontade que ainda têm para sustentar as selecções. Pensem no último Argentina-Brasil. Quase todos os jogadores foram obrigados a mais de 20 horas de viagem de avião, no meio da semana, para fazer um jogo (quase) particular, já que estão os dois apurados. Isto não pode continuar.

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