domingo, outubro 30, 2005

Duas leituras

Ontem vi dois jogos interessantes:
O Setúbal não fez qualquer remate à baliza durante todo o jogo. Deve ser um recorde negativo, que não pode ser ultrapassado. Isto não desculpa, no entanto, a má exibição do Porto na segunda parte. O Porto repetiu a estratégia da primeira parte com o Inter - pontapé para a frente e fé me Deus. Isto não resulta, porém, com equipas fechadas na sua grande área. Adriaanse não foi capaz de perceber isto, mas pode ser que alguém lhe consiga explicar antes do próximo jogo no Dragão. Notei algumas coisas durante o jogo: a equipa do Porto, de momento, é Quaresma e mais dez; além de dois laterais e um central, é necessário um médio ofensivo; Lucho e Paulo Assunção, juntos e misturados, não valem meio Maniche; se McCarthy continua assim, mais vale repescar Postiga da equipa B; Alan é uma boa arma para a parte final dos jogos - a titular, é inofensivo.
Muita estranha a opção de Koeman na Figueira da Foz; sem Simão e Geovani, alinharam João Pereira e Léo. O resultado foi ver Nuno Gomes andar três quartos do jogo a correr atrás da bola, que nunca lá chegava. Não percebo porque o holandês não meteu Mantorras ou Karagounis no 11, ou mesmo Carlitos. É caso para perguntar: quem teve medo de quem?

sábado, outubro 29, 2005

!

Esta notícia é de pôr os cabelos em pé!

As convocatórias de Adriaanse

Em mais um episódio do seu ridículo consulado no Porto, o holandês fez questão de esclarecer que Diego e Ibson não foram convocados porque jogaram mal contra... o Marco. O caricato da situação é que, atendendo ao jogo de quarta-feira (que confesso não ter visto), o Porto marcou um golo com os dois em campo. Sem eles, zero. Se Adriaanse utilizasse esse critério, já estamos a ver que o Porto alinharia com a equipa B contra o Setúbal. E, com estas brincadeiras fora de tempo, já são 5 os jogadores que o treinador incompatibiliza. Com certeza no Natal vamos ver uma data de holandeses de segunda a entrarem no Dragão, todos alegremente a pagar a devida comissão ao mister Co.
Mas, se ainda não bastasse esta prova de falta de jeito, Co, depois de repetir até à exaustão que 3 centrais lhe bastavam, convoca Pedro Emanuel, Pepe, Ricardo Costa e Bruno Alves. Ou este matreco é discípulo do Scolari, ou andou a tirar informações.

Ainda o Setúbal

Nada tenho contra o clube, mas atentem nas soluções avançadas: um empréstimo avalizado por dirigentes/empresários, para pagar salários em atraso, e um outro, com hipoteca das receitas de 2009 e 2010 (!!!). Daaqui depreendo que as receitas de 2006, 2007 e 2008 já estarão cativadas ou penhoradas. E é claro que empréstimos são para pagar.
Assim se adia o inevitável durante alguns meses, quando ouviremos outra vez os jogadores do Setúbal dizerem que não têm dinheiro para comer.
Pergunto eu: faz algum sentido que esta equipa se mantenha a disputar uma Liga Profissional; e terá este clube alguma hipótese de sobrevivência no mercado do futebol profissional português?

sexta-feira, outubro 28, 2005

Isto é gestão?

Foi com alguma surpresa que li que a SAD do FC Porto prolongou o contrato de Ricardo Costa, Bruno Alves e Hugo Almeida. Porque nenhum destes jogadores é imprescindível para o plantel, e nem sequer não titulares, e os seus contratos só acabariam em 2007. Portanto, parece-me que a SAD resolveu melhorar os ordenados dos jogadores porque sim.
Aliás, tenho sérias dúvidas que os três façam parte do plantel na próxima época, com este treinador ou outro qualquer. Só se vê algum futuro a Hugo Almeida, se continuar a evoluir e tornar-se tão eficaz com os pés como com a cabeça. Quanto aos outros, Ricardo Costa será sempre um polivalente, porque não é bom em posição alguma, e Bruno Alves poderia ser dispensado já em Dezembro; além de fraco jogador, é mau profssional, como se viu no jogo com o Benfica.
Esta medida só pode ter dois objectivos: dar algum dinheiro a ganhar aos empresários, e levantar a moral aos defesas, que foram encostados na sequência do clássico. Em qualquer dos casos, não é assim que se gere uma Sociedade Anónima Desportiva.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Veiga

Quando Koeman disse que os adversários tinham medo do Benfica, deu alguma vontade de rir. Não sei porque é que Cajuda se sentiu tocado. Ao fim e ao cabo, embora o holandês tenha sido infantil, não foi ofensivo.
Com Veiga a loiça é outra. Este sim é um verdadeiro terrorista da palavra, a quem um microfone à frente da boca tem o mesmo efeito de um pano agitado à frente de um toiro. Começou pela rábula do guarda-redes - afinal, a UEFA permite, mas o Benfica não inscreve mais nenhum porque eles confiam no que têm. Mas, então, porque é que pediram?
Mas quando se referiu à Cajuda, Veiga abriu o verbo: Cajuda é vaidoso, arrogante, e não é ninguém para falar de Koeman, que já ganhou tudo o que havia para ganhar, enquanto o português, além de senil e arrogante e vaidoso, não ganhou nada.
Querem mais ou chega?

Taça para que te quero

Não gosto de jogos de Taça. É uma competição sem grande interesse competitivo, onde, dada a falta de objectivos que não passem por atingir a final, os principais clubes alinham com equipas mistas de suplentes e titulares que nunca jogam juntos, e proporcionam jogos enfadonhos. E a verdade é que a maior parte dos adeptos também não gosta dos jogos de Taça, exceptuando a final. Têm dúvidas? Digam lá quais foram as meias-finais do ano passado.
P.S.: É claro que esta azia tem um bocadinho a ver com a eliminação do Rio Ave pelo Ribeirão. Como vêem, nem o Rio Ave gosta de jogos de Taça, e faz logo questão de ser arrumado à primeira.

terça-feira, outubro 25, 2005

Vitória de Setúbal

Os jogadores do Setúbal decidiram pôr fim a esta situação estúpida. Um clube não pode ter uma equipa a disputir uma liga profissional sem pagar salários. Ponto final.
Este caso, além de não ser isolado, também não é fruto de situações pontuais de tesouraria, ou de crise. Nada disso. Clubes como o Farense, Salgueiros, Setúbal e outros vivem ou viveram anos a fio num estado de incumprimento crónico, interrompido por vezes por injecções extraordinárias de capital.
Neste momento, qualquer solução que não passe por excluir o Setúbal das competições profissionais é injusta para os clubes que cumprem. Por muito que custe a quem é próximo dos clubes, ou existem condições para a prática de futebol profissional ou não há. E se não houver, acabem.
Dois exemplos: em Marselha, cidade com um milhão de habitantes, só existe um clube profissional; todos os outros clubes são amadores, e vivem bem com isso. Desta forma, todos os meios são canalizados para o Olympique. O segundo é bem português, e recente. O Campomairoense, ao verificar, no fim de uma época em que desceu à Divisão de Honra, que não teria hipóteses de suportar os custos do futebol profissional na época seguinte, dispensou os jogadores, indemnizou-os e manteve apenas os escalões de formação. Assim procedem as gentes de bem.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Sporting

Por falta de espaço não comentei a revolução da SAD e equipa técnica do Sporting. Sobre José Peseiro já tinha escrito o suficiente. Peseiro só se conseguiu desgastar ao não ser capaz de compreender que o seu tempo tinha esgotado.
O caso de Dias da Cunha é bem diferente. Pese embora tudo o que de bom fez em Alvalade (a Academia e o Alvaláxia XXI serão os expoentes máximos do seu mandato), perdeu-se num discurso aborrecido e, por vezes, anedótico. A sua propensão para culpar o "sistema" por tudo o que de mal acontecia ao Sporting pode mesmo ter sido uma das obreiras para o descalabro deste início de época. É que já ninguém o levava à sério, tivesse ou não razão.
Para Paulo Bento será difícil reverter o quadro. Alguns dos problemas são endémicos, como a indisciplina e a falta de liderança positiva no plantel. Se tiver tempo para trabalhar à sua maneira, pode ter sorte. Mas o que vai faltando ao Sporting é tempo.

sábado, outubro 22, 2005

Comentários e comentadores

Enviei agora este e-mail para a SporTV:
"Acompanhei o relato do Belenenses - Rio Ave com especial atenção, sendo eu um adepto do clube de Vila do Conde.
Não sou da opinião que os comentadores televisivos devam ser isentos, mas têm de ser sérios.
A dupla José Marinho / Joaquim Rita, que "narrava" e "comentava" as incidências do jogo passou todo o encontro a puxar ostensivamente pela equipa de Lisboa, e esta atitude atingiu o ponto máximo nos lances dos golos do Rio Ave, acompanhados de silêncio, e num outro lance já no final da partida, em que Meyong parecia ir isolar-se, o que foi saudado pelo "narrador" com um efusivo "vai Meyong!!!". Meyong afinal não foi e o Belenenses perdeu mesmo.
Mas, como disse acima, eles não precisam de ser isentos, mas têm de ser sérios. Repetir até à exaustão que o Belenenses perdeu porque o árbitro Soares Dias marcou um penalti inexistente é FALSO!!! As imagens mostram claramente o toque de Sousa na perna de Gaúcho, que lhe provoca a queda. Apesar de repetir incontáveis vezes o lance, nem o realizador conseguiu fazer ver aos dois que não tinham razão.
Se a amizade com um treinador (no caso Carvalhal) é predicado suficiente para comentar jogos na Sportv, posso dizer que conheço pessoalmente Manuel Machado. Paguem-me um bilhete para a Madeira, que ainda vou a tempo de fazer o Nacional-Porto. Mas, se assim não for, façam-nos o favor de pôr estes "comentadores" a matraquear apenas os jogos entre equipas de Lisboa."

Petit

"A minha fama de sarrafeiro é injusta", segundo Petit em declarações na quinta-feira.
Soube que, depois de o ouvir, Bruno Alves apelou à Liga que lhe perdoasse a suspensão de dois jogos. Segundo o defesa, o choque com Nuno Gomes há uma semana resultou duma tentativa de impedir que o avançado do Benfica caísse no relvado, já que vinha em desequilíbrio, e Bruno Alves tentou, com as pernas e braços, resguardar a integridade física do colega. De seguida, Alves notou que Nuno Gomes tinha uma abelha na testa pronta para o picar, e num assomo instintivo de coragem, matou-a à cabeçada, evitando que o perigoso insecto maltratasse o jogador do Benfica. Parece que a Liga está a considerar o pedido.
Digam lá, entre o que Petit disse e o que eu inventei, o que é mais próximo da realidade?

Guimarães

Vi o jogo com o Zenit até ao minuto 70. É verdade que o árbitro prejudicou o Guimarães. Também é verdade que, com mais objectividade e pontaria, ninguém se lembraria do árbitro do jogo.
No futebol sem balizas o Guimarães dominou amplamente. Quando foi preciso meter a bola no buraco é que foram elas. E como o futebol não é patinagem artística, perderam.
O Guimarães tem equipa para ganhar os dois jogos em casa, necessários para o apuramento aos oitavos de final destes ridículos grupos da Taça UEFA, que fazem 80 jogos para eliminar 16 equipas. Mas tem de saber marcar golos. Ainda é tempo de aprender.

quinta-feira, outubro 20, 2005

É inacreditável...

1 - o estado da relva no campo do Villarreal. A bola saltava de tal maneira que era impossível jogar rente à relva ao primeiro toque. Não se percebe como a UEFA é tão rigorosa em algumas situações de relativa importância e não liga a factores como este, que condicionam a qualidade do jogo.
2 - que o Inter tenha acabado o jogo com 11. Córdoba deu pancada suficiente para ser expulso pelo menos 2 vezes; Cruz teve 3 situações que mereceriam vermelho directo (um pontapé a Pepe, uma entrada por trás e sem bola a Cech, e um murro em Paulo Assunção); Favalli viu o amarelo a 10 minutos do fim, e logo de seguida arreou outra porrada valente em Alan. Os três saíram de campo com um amarelo.
Córdoba lembrou-me o saudoso Baresi. Quem tem a minha idade lembra-se dos recitais de porrada que o capitão do Milão reservava carinhosamente para os avançados adversários nos jogos europeus do início da década de 90. Com tanta elegância e firmeza que até os árbitros, embevecidos, só muito de vez em quando lhe mostravam uma cartolinazinha amarela envergonhada, assim ao jeito de "desculpe lá, sr. Baresi, mas esta foi um bocadinho exagerada". Córdoba não tem a maestria do italiano. Sumaríssimo, já!

Correcção

O post de ontem sobre o Porto-Inter dava a sensação que acho que o Porto só ganhou por sorte. Não foi, é claro. Seria injusto não destacar o grande jogo de Paulo Assunção, o baile que Quaresma deu a Córdoba, a tranquilidade superior de Pedro Emanuel e a segurança de Baía.
Eu não concordo com os elogios dos comentadores da RTP à estratégia da equipa. Na primeira parte, a táctica passou pela lendária receita do Estebes - tudo ao monte e fé em Deus. Na segunda, a equipa sofreu o natural assédio do Inter e jogou com mais inteligência. Concordo, no entanto, que, com estes jogadores, contra uma equipa mais forte, como é o Inter, seria difícil fazer melhor.
Fica a questão: se a melhor equipa é esta, porque é que Quaresma, Paulo Assunção, Cech e Hugo Almeida não jogaram contra o Benfica?

quarta-feira, outubro 19, 2005

Quem diria...

... que depois de duas derrotas contra o Rangers e Artmedia o Porto seria capaz de ganhar ao Inter? E mais, que iria marcar dois golos numa primeira parte completamente atípica, em que a "estratégia" consistiu em pontapear a bola para a frente à procura da cabeça de Hugo Almeida? E ainda que a defesa mais batida da competição, com craques como Pepe, Bosingwa e Marek Cech não sofreria golos de um ataque com Figo, Cruz, Adriano, Recoba e Verón?
É por estas que o futebol será sempre apaixonante. Hoje mandou a lógica para as urtigas e ganhou o Porto. A sorte protege os sortudos!

terça-feira, outubro 18, 2005

Villarreal 1 - 1 Benfica

Bom jogo do Benfica. Ficaram-me guardadas três grandes exibições: Petit, Manuel Fernandes e, principalmente, Diego Fórlan, que foi o melhor em campo.
Também tenho de dar a mão à palmatória: quem diria que o Luisão dos primeiros jogos em Portugal seria capaz de exibições seguras como a de hoje? É verdade que o ataque do Villarreal não lhe deu tanto trabalho como seria de esperar, mas tanto Luisão como Anderson tiveram um jogo quase sem falhas.
A sorte do jogo, como disse há um bocado, acabou por ser repartida: o Villarreal teve a felicidade de ver o árbitro marcar um penalti muito discutível, e o Benfica marcou no único remate enquadrado à baliza em todo o jogo.
O próximo jogo é decisivo. Força.

Villarreal - Benfica

Vamos ver daqui a bocado qual é a ideia de Koeman para este jogo. Espero bem que a equipa tenha a noção que não é melhor que o Villarreal. E que depois se lembre que também não é pior. Essencialmente o Benfica tem de fazer um jogo com muita concentração, ou se quiserem, tem de entrar a "equipa do Trapattoni". Se assim for, será difícil aos espenhóis controlarem o jogo. Se o Benfica conseguir equilibrar o jogo no meio-campo, quem sabe desta vez a sorte do encontro não cai para o nosso lado?

Peseiro

Terminou enfim a longa agonia de Peseiro em Alvalade. Peseiro nunca foi um treinador consensual, em parte por nunca ter anteriormente sido treinador de um grande, em parte por culpa do fiasco em Madrid, mas principalmente por não ser um "disciplinador", uma categoria imaginária de treinadores que parece ser tão ao gosto dos adeptos e comentadores da bola em Portugal. Os episódios de indisciplina minaram de tal forma o trabalho que, ao fim de uma época em que chegou à final de uma competição europeia e perdeu o campeonato num jogo, a cinco minutos do fim, já não havia condições para que continuasse.
Mas, se a direcção não percebeu isto, bastaram as trocas de jogadores para saltar à vista que este desfecho era uma questão de tempo: saíram Rochemback, Pedro Barbosa, Enakharihe, Rui Jorge e Hugo Viana. Qualquer um deles teria lugar na equipa que defrontou a Académica. Falta saber de quem é esta responsabilidade. Se foi de Peseiro, o Sporting só deve esperar pela reabertura do mercado e tentar remediar e mal feito. Se há mais gente com culpas, o problema não se resolve só com a saída do treinador.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Bois

O triunfo do Benfica no Dragão é incontestável, mas é preciso não esquecer que, ainda na passada semana, Koeman referiu os bois pretos e os bois brancos. Se o treinador do Benfica é agora alvo como a neve, não nos esqueçamos que há apenas um mês era negro como carvão.
No sábado ganhou a equipa mais organizada, como é normal. Bem se pode dizer que ganhou a equipa de Trapattoni, com um loirinho no banco.
No entanto, e apesar da euforia e do sorriso de orelha a orelha de Vieira e Veiga, convém lembrar que há um ano, o Porto foi ganhar à Luz, ficando a um ponto do Benfica. Que por sua vez ganhou o campeonato.

sábado, outubro 15, 2005

Rio Ave 1 - 2 Braga

Eu já não me lembrava de ver o Rio Ave jogar tão mal. Ritmo lentíssimo, profundidade atacante nula e uma falta de garra e entusiasmo irritantes. Só pelas camisolas se reconheceria a equipa.
Mesmo assim, o Rio Ave ainda foi, durantes largos períodos do jogo, superior ao Braga, que conseguiu um triunfo autenticamente caído do céu aos trambolhões. Vi esta época quatro jogos do Braga, e em dois deles, com o Porto e ontem, tiveram uma sorte fantástica. E lideram o campeonato.
P.S.: Desculpas a quem acompanha o blog, mas por desígnios insondáveis da PT, estive 3 dias sem telefone, e, por tabela, sem Internet.

terça-feira, outubro 11, 2005

Conselho

Pelo sim, pelo não, estou a aconselhar os meus conhecidos que vão ver o Porto-Benfica a levarem no bolso um lencinho branco. Nunca se sabe, pode vir a fazer falta, e daqui a algum tempo pode ser já tarde demais.

Jogo grande

Jogo grande nesta jornada.
O primeiro classificado desloca-se ao terreno do quinto, e aposto que será desta que Paulo Santos vai buscar a bola ao fundo das redes pela primeira vez.
O meu palpite? 2-1 para o meu Rio Ave, e reentrada nos lugares europeus. É já na sexta feira, às 21.30 h.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Cá se fazem...

Pela 3ª vez consecutiva (!!!) McCarthy chega ao Porto lesionado na sequência de um encontro da sua selecção. Esperam-se declarações públicas de Pinto da Costa e/ou Adriaanse, a afirmar que o sul-africano só volta a vestir a camisola dos Dragões se renunciar à sua equipa nacional.
Ou talvez não.

Outro?

Já é outra moda no futebol português: depois dos pedidos públicos de desculpas, vem o "agarrem-me que eu vou embora". Primeiro foi Adriaanse, que não quer ver lenços brancos; agora é Scolari, que está disponível para sair... Eu começo a corrente: dou 5€ para comprar dois bilhetes de autocarro para a Sibéria!

sábado, outubro 08, 2005

Um ponto

Fica hoje definitivamente arrumada a questão do apuramento para o Mundial da Alemanha. Um apuramento sem chama e em que a selecção, excepção feita ao jogo em casa com a Rússia, não mostrou argumentos para justificar qualquer entusiasmo.
O que mais se destacou nesta campanha, além dos fait divers de Maniche e dos golos que o Pauleta tem de marcar para ultrapassar Eusébio, é a certeza de Scolari, mais do que convicções, ser um homem de manias. Tem o mérito inultrapassável de ter ganho toda a imprensa lisboeta com a questão do Baía, e, a partir daí, terem-lhe sido descobertas virtudes que até ele próprio desconheceria e, ainda mais importante, ter a permissão para dizer e fazer quantos e quais disparates quiser, sem levantar o mais pequeno pêlo das sobrancelhas de quem escreve sobre bola em Portugal.
O último disparate de fazer rir às bandeiras despregadas é a questão da conquista do ponto com o Liechtenstein. Desta vez até os jogadores, sempre tão prontos a abanar a cabeça à voz do pastor, apressaram-se a desmentir o mestre. Não, não querem ficar conhecidos como a primeira selecção profissional a empatar duas vezes com os valorosos liechtestecos numa fase de apuramento.
Mas Felipão pode pôr as barbas de molho. No Europeu teve permissão, por via da sua cruzada contra o FC Porto, a disparatar durante ano e meio para, a seguir a uma derrota idiota com a Grécia, aproveitar a equipa do Porto trabalhada por Mourinho e chegar à final, provando ter muito mais sorte que juízo. Desta vez não há Porto, não há Mourinho e o Mundial não é em casa. E não sei se os estónios, luxemburgueses e sanmarinenses estão disponíveis para uns jogos de preparação.

Beto vs. Custódio - batalha final

Nos últimos posts em que falava do Sporting, podia passar a impressão que penso que Peseiro tem condições para continuar a ser treinador dos leões. Mas não. Penso que Peseiro já deveria ter-se poupado a uma saída pouco dignificante, e à ideia de estar agarrado ao lugar.
Mas a responsabilidade do que se tem passado não pode ser toda do treinador. O caldo começou a entornar quando Liedson tirou tantos dias de férias quantos quis, apanhou amarelos para não defrontar o Benfica por duas vezes, e nada lhe aconteceu, tudo na época passada. Pelo contrário, da primeira vez em que o jogador falharia o dérbi por vontade própria, até lhe arranjaram um jogo de Taça à medida para limpar o castigo. Por isso, não surpreende que Liedson pense que pode mandar o treinador "tomar no cu" sem problemas nenhuns. Aliás, Rochemback já o tinha feito.
Como já escrevi aqui, desculpar os jogadores de tudo não pode dar bons resultados. Mas não nos esqueçamos: o treinador trata com jogadores, a direcção com funcionários. Por isso mesmo, Peseiro é culpado, mas não pode ser crucificado sozinho. Sob pena de cortarem um dos ramos, mas deixarem ficar a raiz do problema.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Exemplo?!?

Passou-se tão rapidamente que eu quase não me dei conta. Os dirigentes da Federação Brasileira anularam todos os jogos em que estava envolvido um árbitro que confessou ter influenciado os resultados e já foram marcadas as repetições. Por cá, o Apito Dourado ganha teias de aranha. Será que podemos mandar os nossos presidentes da Liga e Federação fazer um estagiozinho?

Outro sumaríssimo

Volta a questão dos sumaríssimos, desta vez à conta da entrada bárbara de Petit sobre Targino. A questão não é se Petit merece uma suspensão, ou de quantos jogos deve ser, ou se joga contra o Porto. É uma questão de critérios. Estará a partir de agora a Liga atenta a todos os jogos, para verificar quem prevarica? Ou será só quando for com o suspeitos do costume? McCarthy, põe-te a pau...

quarta-feira, outubro 05, 2005

Descubra as diferenças

Sporting e Porto jogaram miseravelmente na última jornada. Os resultados não foram iguais, porque enquanto o Paços de Ferreira aproveitou quase todas as oportunidades de golo que teve, o Marítimo falhou na 1ª parte situações que davam para ganhar o jogo 3 vezes.
Para além disso, o Marítimo pode reclamar um golo mal anulado e um possível lance de penalti. E empatou a jogar com dez.
Mas quem folheia os jornais desportivos desta semana, lê que o Sporting está em ebulição e Peseiro por um fio. Com o Porto não se passa absolutamente nada.
Ahhh, o quanto não vale ter boa imprensa.
E para quem anda distraído... o Sporting está a dois pontos do primeiro lugar e já ganhou ao Benfica.

Taça UEFA

O sorteio não correu nada bem ao Guimarães, que parece ser a equipa com menos hipóteses de seguir em frente no grupo. No entanto, já na 1ª eliminatória o Guimarães não era favorito e arrumou com o campeão polaco por 4-0. Pelo pouco que vi do jogo com o Benfica, parece que estão a crescer. E ainda tem o Pacheco, que deve ser mesmo especialista em jogos europeus. vamos ver.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Como o aço

O Rio Ave-Boavista não foi muito interessante. O Rio Ave teria ganho o jogo facilmente se tivesse algum poder de fogo na frente de ataque. Criou pelo menos 6 situações de golo claro e só marcou um. O Boavista foi duas vezes à baliza e chegou para o empate.
O que mais me chamou a atenção durante o jogo foi a grande exibição de Niquinha, a comandar o nosso meio-campo. Niquinha não é jogador de fazer passes para o lado. Sempre para a frante e sempre bem medidos. Deve ter feito uns 15 passes de média e longa distância. Não me lembro de ter falhado nenhum. E ainda era homem para aparecer na grande área à espera de um passe para golo, ou de dobrar os laterais e centrais quando era preciso.
Ficou na retina um lance mesmo a acabar o jogo, quando o Rio Ave ainda perdia. Canto a favor do Rio Ave, e contra-ataque do Boavista. Depois de uma troca de bola, Manuel José foge pelo lado esquerdo numa situação de três para um. Niquinha persegue o moço, 12 anos mais novo (!!!), por uns bons 60 metros, alcança-o e tira-lhe a bola quando o jogador do Boavista entrava na grabde área.
Qual Lucho, qual Moutinho, qual Manuel Fernandes... o melhor médio da Liga tem 34 anos e mora em Vila do Conde.

Ainda as competições europeias

Ainda que já tenham passado alguns dias, há comentários sobre a ronda da Taça UEFA que permanecem pertinentes.
Quando o sorteio foi conhecido, apostei que o Sporting passaria sem dificuldades, que o Braga era favorito e que Guimarães e Setúbal seriam eliminados.
Pois é, falhei quase tudo. Só acertei mesmo no Setúbal, mas vale a pena reflectir no que se passa com Sporting e Braga. Foram as equipas que começaram a época em melhor forma e agora estão em queda livre.
No Braga, é notório que não há soluções para tantas ausências em simultâneo. Saíram Wender e João Alves, e João Tomás está lesionado. Para o Braga foi muito. Já contra o Porto o resultado tinha sido bem melhor que a exibição, mas com o Estrela Vermelha jogaram pessimamente. Disfarçaram a má exibição com muitas oportunidades de golo porque apanharam pela frente uma equipa que já não se usa. O Estrela Vermelha veio defender, mas deixava jogar à vontade. Foi só por pura incompetência atacante que o Braga ficou pelo caminho.
O caso do Sporting é ainda mais grave, não porque o Halmstads seja mais fraco que o Estrela Vermelha (não é, e defende bem melhor), mas porque não mereceu ganhar, de forma nenhuma. Os leões conseguiram estar todo o prolongamento sem criar uma única oportunidade de golo. Mau demais para ser verdade. O curioso é que Wender e João Alves criaram um problema em Braga, por ausência, e não conseguem resolver, com a presença, o de Alvalade.

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