terça-feira, outubro 25, 2005

Vitória de Setúbal

Os jogadores do Setúbal decidiram pôr fim a esta situação estúpida. Um clube não pode ter uma equipa a disputir uma liga profissional sem pagar salários. Ponto final.
Este caso, além de não ser isolado, também não é fruto de situações pontuais de tesouraria, ou de crise. Nada disso. Clubes como o Farense, Salgueiros, Setúbal e outros vivem ou viveram anos a fio num estado de incumprimento crónico, interrompido por vezes por injecções extraordinárias de capital.
Neste momento, qualquer solução que não passe por excluir o Setúbal das competições profissionais é injusta para os clubes que cumprem. Por muito que custe a quem é próximo dos clubes, ou existem condições para a prática de futebol profissional ou não há. E se não houver, acabem.
Dois exemplos: em Marselha, cidade com um milhão de habitantes, só existe um clube profissional; todos os outros clubes são amadores, e vivem bem com isso. Desta forma, todos os meios são canalizados para o Olympique. O segundo é bem português, e recente. O Campomairoense, ao verificar, no fim de uma época em que desceu à Divisão de Honra, que não teria hipóteses de suportar os custos do futebol profissional na época seguinte, dispensou os jogadores, indemnizou-os e manteve apenas os escalões de formação. Assim procedem as gentes de bem.

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