segunda-feira, novembro 14, 2005
Notícias do Sindicato
Li a entrevista de João Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, na edição de hoje de "A Bola". Como era de esperar, Evangelista diz que a culpa dos problemas por que passam os clubes é de toda a gente: dirigentes, Federação, Liga - menos dos jogadores.
O Sindicato, algo inesperadamente, assumiu uma posição forte decorrente das últimas crises no Setúbal, Alverca, Felgueiras, Marco e outros clubes. Ao contrário do que acontecia até há pouco tempo, os seus dirigentes podem falar em nome dos jogadores. E a solução dos problemas tem de passar inevitavelmente por eles. Quem estaria à espera de ouvir falar de tectos salariais, redução da duração de contratos, indexação dos vencimentos aos orçamentos dos clubes, ficou a ver navios. Sobre nenhum destes temas o Sindicato tem opinião.
E voltou à ladainha da "escravização" dos jogadores pelos clubes. Parece-me que se passa quase o oposto. Como agora todos os profissionais assinam contratos de longa duração, são os clubes que ficam à mercê daquilo que os atletas produzem em campo. Se o jogador corresponde ao que se esperava dele, está tudo bem e o contrato é para cumprir até que o jogador ameaçe sair a custo zero se as suas condições não forem melhoradas. Se não corresponde, tem o clube de arcar com as despesas deste e do outro que o vem substituir, para outro contrato de longuíssima duração. Não há orçamento que suporte isto.
O Sindicato, algo inesperadamente, assumiu uma posição forte decorrente das últimas crises no Setúbal, Alverca, Felgueiras, Marco e outros clubes. Ao contrário do que acontecia até há pouco tempo, os seus dirigentes podem falar em nome dos jogadores. E a solução dos problemas tem de passar inevitavelmente por eles. Quem estaria à espera de ouvir falar de tectos salariais, redução da duração de contratos, indexação dos vencimentos aos orçamentos dos clubes, ficou a ver navios. Sobre nenhum destes temas o Sindicato tem opinião.
E voltou à ladainha da "escravização" dos jogadores pelos clubes. Parece-me que se passa quase o oposto. Como agora todos os profissionais assinam contratos de longa duração, são os clubes que ficam à mercê daquilo que os atletas produzem em campo. Se o jogador corresponde ao que se esperava dele, está tudo bem e o contrato é para cumprir até que o jogador ameaçe sair a custo zero se as suas condições não forem melhoradas. Se não corresponde, tem o clube de arcar com as despesas deste e do outro que o vem substituir, para outro contrato de longuíssima duração. Não há orçamento que suporte isto.