quarta-feira, agosto 31, 2005

Treinadores estrangeiros

Confesso que nunca vi com muito bons olhos a contratação sistemática de treinadores estrangeiros para os grandes. Quem me conhece já ouviu vezes sem conta o meu chavão: "não conhece o futebol português".
Nos últimos anos tenho tido cada vez mais razões para pensar assim, e ainda no fim de semana que passou tive mais duas.
A primeira foi a forma anárquica como Koeman colocou o Benfica em campo contra o Gil Vicente. Com certeza o holandês não perguntou a ninguém como viria o Gil Vicente jogar à Luz. Se tivesse perguntado dir-lhe-iam logo o que se ia passar: uma equipa sem meio-campo, com 9 defesas e 2 avançados. Atacar uma equipa assim com 3 centrais e mais 3 trincos é motivo de risota.
A segunda foi a tranquilidade do Sporting na Madeira. Peseiro pode não saber dar à volta a uma Udinese, mas com os nossos pode ele muito bem. O resultado é que o Sporting jogou melhor do que eu estava à espera e ganhou à vontade.
Mas querem mais? Quem foram os treinadores que fizeram cócegas na Europa na última década? Eu respondo: Mourinho, Peseiro e Pacheco. E antes destes? Dois "portugueses" nascidos lá fora, mas já bem adoptados e adaptados: Robson e Marinho Peres. E o nosso mui luso Toni.
Koeman e Adriaanse ainda têm muito que andar.

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