A bola entre nós

Quando vi a equipa do Benfica, meti as mãos a cabeça e pensei: vai ser um desastre. Três centrais e uma confusão total de posições. Nos primeiros quinze minutos até deu para me iludir, a equipa entrou muito bem e criou várias situações de golo. Mas foi fogo de vista, a partir daqui o pior cenário confirmou-se.
O que se passa com o Benfica de Koeman é que o treinador não sabe o que fazer nem tem ainda um esquema montado. Está ainda numa fase de experiências. Definitivamente ele não confia nos jogadores que tem e está à espera dos reforços para se orientar. Daqui resulta uma coisa curiosa que é o facto de o Benfica ter sido a equipa que menos mexeu no plantel, mas aquela que manifesta menos entrosamento.
Outro aspecto curioso de Koemam é a dificuldade em fazer opções. Onde o plantel é rico ele hesita muito. Vejamos, existem três centrais de igual categoria. Como ele não sabe quem escolher, mete os três. Existem três trincos também de igual categoria. Novamente, para não ter de preterir alguém mete os três. O que é que isto está originar. O Benfica está a jogar num sistema de três centrais e três trincos. Depois o Benfica não marca golos, pois não, como é que haveria de marcar.